sexta-feira, 8 de julho de 2011

Greve dos servidores do TRE pode afetar plebiscito

A greve dos servidores públicos do Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Pará (TRE/PA) tornou-se uma ameaça à realização da consulta plebiscitária sobre a divisão do Estado do Pará. O próprio presidente da Corte está preocupado com essa possibilidade cada vez mais iminente aos interesses, sobretudo da população das regiões que anseiam pela emancipação política.
O desembargador Ricardo Ferreira Nunes disse que a greve dos funcionários do tribunal, iniciada no último dia 15 de junho, é a única coisa que mais o preocupa em relação ao plebiscito. "É um fato assustador e preocupante (a greve), espero que se resolva logo e não venha a se refletir na consulta plebiscitária", afirmou Ricardo Nunes, ontem.
Mas essa não é a única preocupação dele. A previsão orçamentária de R$ 7,8 milhões para a realização do plebiscito, marcado para o dia 11 de dezembro deste ano, não será suficiente para cobrir todas as despesas da consulta popular. "Vamos precisar de mais recursos com certeza", disse o desembargador que já providenciou ao setor de planejamento uma atualização orçamentária para ser enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que repassará os recursos para o TRE.
Ricardo Nunes se preocupa ainda com a segurança do plebiscito. Ele já se reuniu com a Polícia Militar e o governo do Estado para tratar do reforço policial no dia da consulta. Ele afirmou que também haverá com certeza a participação de tropas do Exército para dar mais tranquilidade ao evento. "Estamos contando com a boa vontade do TSE para liberar a força federal", afirmou o desembargador.
Eleição -
O presidendete do Tribunal Regional Eleitoral disse ainda que,"Tirando essa preocupação com a greve, o TRE está preparado e motivado para dar uma resposta ao Brasil de que o Pará consegue realizar esta consulta na maior tranquilidade". Segundo os dados de maio deste ano, do TSE, o Pará tem hoje 4.747.703 eleitores que deverão participar do plebiscito. Para a consulta serão usadas cerca de 15.200 urnas eletrônicas.
Segundo Ricardo Nunes, o plebiscito será realizado como uma eleição normal. O desembargador disse ainda que só está aguardando que o TSE divulgue o calendário com as normas de propaganda e os prazos para deferimento do registro das frentes que participarão da consulta e para regularização de títulos eleitorais para o caso dos eleitores que deixaram de votar nas últimas eleições."Será uma eleição como qualquer outra", afirmou Ricardo Nunes.

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