sexta-feira, 8 de julho de 2011

Avião continua desaparecido em Oriximiná

Até o fechamento desta edição, familiares do piloto Francisco do Carmo (Mico), 47 anos, e do passageiro Josenildo Campos Cardoso continuavam apreensivos à espera de informações sobre o paradeiro da aeronave, prefixo PT-EBJ, que desapareceu no domingo (3) no município de Oriximiná. O avião partiu de Santarém na quinta-feira (30), com destino à aldeia indígena Cuxaré, às 14h36, segundo informações repassadas pelo Cindacta 4. De lá, o bimotor seguiu em direção à aldeia de Bona, porém, desapareceu antes de chegar ao próximo destino, por volta das 16 horas. As buscas continuam. O avião pertence à empresa de Táxi Aéreo de Santarém, W&J.
O gerente operacional da empresa, Sérgio Bentes, informou que a aeronave estava fretada para um grupo de pesquisadores de uma companhia de recursos minerais de Belém. Ele informou que as buscas não cessarão até que os ocupantes sejam encontrados. Segundo ele, as famílias do piloto e do passageiro santareno estão recebendo assistência por parte da empresa, que inclusive disponibilizou dois médicos, a Dra. Ilmara, cardiologista, e o psicólogo Luciano Oliveira. Ambos acompanham os parentes nestes dias de aflição. João Cardoso, pai de Josenildo Cardoso, de 37 anos, informou aos jornalistas que até o último domingo, nenhuma informação foi repassada às famílias sobre o desaparecimento da aeronave, que deveria ter retornado no sábado. "Só fui informado que o avião desapareceu na segunda-feira (4). Eu falei com meu filho a última vez e ele ainda estava em Oriximiná. Agora não sei onde ele está", disse o homem bastante emocionado.
A aldeia indígena Cuxaré fica a cerca de 1 hora e 30 minutos de voou do município de Oriximiná, próximo à fronteira do Brasil e Suriname. Sérgio Bentes não descartou a possibilidade de o avião ter pousado em uma área sem sinal para estabelecer algum tipo de comunicação.
Sem sinal
Há indícios de que a aeronave da W&F não tenha caído e, por esse motivo, não se descarta a possibilidade de o bimotor ter tido alguma pane seca (falta de combustível) e aterrissado em local de difícil acesso.
Passageiros
Buscas
O gerente Sérgio Bentes informou que além do pessoal a Aeronáutica, empresas áreas ajudam no trabalho de buscas. "Estamos todos bastante apreensivos, mas esperançosos de que iremos encontrá-los com vida", disse.
Apesar de toda assistência dada pela empresa às famílias, parentes querem saber o que de fato ocorreu com o avião que sumiu misteriosamente.
- Uma equipe de 30 militares da Força Aérea Brasileira se concentra na área onde possivelmente o avião desapareceu para tentar localizar os passageiros e a própria aeronave. O trabalho de busca é feito com a ajuda de um avião SC105 Amazonas, do 2/10º Grupo de Aviação, e um helicóptero UH-1H, do 1/8º Grupo de Aviação, que sobrevoa aquela região.
– Segundo as informações repassadas à imprensa santarena, no avião, além de Jocenildo Campos e do piloto Francisco do Carmo, havia mais duas pessoas, servidores do Serviço Geológico do Brasil.
– Conforme explicações fornecidas pelo gerente da W&J, a aeronave possui um equipamento chamado ELT, uma espécie de GPS, que fica acoplado na calda do avião. Segundo ele, nenhum sinal foi emitido pelo aparelho, o que leva a crer que, possivelmente, o bimotor possa estar em área sem cobertura de sinal. Ele explicou ainda que há duas maneiras de ELT ser disparado. Uma é pelo próprio piloto e a outra é através de uma pane ou problema mecânico. "Não foi emitido nenhum sinal do equipamento, portanto, não podemos afirmar que houve um acidente. Mas também não identificados o sumiço da aeronave", abreviou Sérgio.

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